terça-feira, 17 de maio de 2011

Profissão Perigo: Ser agente penitenciário não é fácil, conheça a realidade desses guerreiros


Ninguém está tão exposto ao perigo, quanto os agentes penitenciários. É deles a responsabilidade de administrar e vigiar as cadeias. Não é uma tarefa simples. Enquanto a maioria da população só vê criminosos eventualmente, por meio da imprensa, os agentes encontram-se com esses bandidos diariamente, logo que chegam ao serviço. Apesar do risco a que se expõem, não podem usar armas no local de trabalho. Carregam apenas uma tonfa, espécie de cassetete. Os presos tentam subjugá-los o tempo inteiro. Para isso, usam todas as formas de pressão, de constrangimentos morais e ameaças físicas a tentativas de suborno. Basicamente, querem ajuda para levar armas, drogas e celulares para dentro das cadeias. Em São Paulo a cúpula do PCC mandou matar catorze agentes penitenciários. As vítimas foram escolhidas ao acaso e atacadas perto de suas casas. O objetivo foi acuar os sobreviventes e aumentar, ainda mais, o domínio dos detentos sobre o sistema prisional.

O embate entre os agentes e os presos é desigual sob qualquer ângulo que se analise. Um dos maiores problemas é a diferença numérica entre eles. Os problemas dessa relação assimétrica se revelam a todo momento. Quem trabalha no turno do dia tem como primeira missão abrir as celas para o banho de sol dos detentos. Isso ocorre entre 7h30 às 8:00h. Com o problema da quantidade do efetivo em muitos presídios, um único agente é responsável por destrancar todas as celas de cada pavilhão. Com um molho de chaves, ele abre oito portas de ferro em seqüência. De cada cela, saem em média de vinte detentos. Ou seja: em poucos minutos, o agente se vê, sozinho e desarmado, cercado por 160 criminosos – assaltantes, homicidas e traficantes.

Situações de tensão como essas tornaram-se tão comuns nos presídios que atualmente é comum ver agentes afastados do serviço por ordem médica ou psiquiátrica, ou até mesmo pedindo exoneração do emprego.

Em conversa com Waldimar Jardim, agente penitenciário de Sena Madureira, falamos sobre o caso de um agente que não agüentou a pressão dos presos em Rio Branco e que foi pego em flagrante tentando entrar com entorpecentes no presídio. Jardim disse que prefere morrer como homem a viver como um covarde e que ser agente penitenciário é uma das mais sublimes missões, pois, é deles a dura tarefa de cuidar do lixo do lixo da sociedade. Afirmou! 

Denis Araújo/agazetadesena



OS FUNCIONÁRIOS, OS DETENTOS, O SISTEMA E SUAS HISTÓRIAS. from Danilo Velloso / Absurdo Filmes on Vimeo.

6 Comentários:

Anônimo disse...

Baseado no depoimento de Jardim é que costumo denominar o Agente Penitenciário, o Policial Militar e o Policial civil como "Gari Social", sendo que os policiais fazem a coleta e o Agente Penitenciário trabalha lá no lixão, tendo que suportar tudo, pois lá é o ponto final para os bandidos, chegando lá eles já não têm mais nada a perder, mas o Agente tem.
Um Enorme Parabéns à Classe!!!!!!

Anônimo disse...

É isso aí, vcs são guerreiros caras, apesar de ter alguns da classe que nao dao o exemplo; mas a maioria sao gente boa que luta pelo seu sustento e a tranquilidade da sociedade. Deus abençoe e guarde suas vidas.

Anônimo disse...

É notório o trabalho de alguns agentes penitenciarios, mais do que vocês tanto reclamam, ficam dizendo que passam perigo dentro das cadeias porque ficam desarmados. Só se for dentro das unidades prisionais mesmos, porq nas ruas de nossa cidade o que mais agente ver, é agente penitenciario armado, pricipalmente, com revolver de alta precisão...

Cadê os valentões de farda que agente vê nas ruas? ham?

Anônimo disse...

É nobre cidadão, não sei se você é bandido ou mocinho, mas de uma coisa eu sei.
"Se você é bandido o presídio Evaristo de Moraes te aguarda"
"Se você é mocinho fica tranquilo, eles só andam armados para garantirem a segurança deles e de suas famílias e fica mais tranquilo ainda, porque eles estão exatamente neste momento cuidando para que os bandidos não fujam lá do presídio".
Ah! os valentões de farda estão lá na UPEM (a farda deles é short cinza e blusa branca).

By: Pacato Cidadão.

Anônimo disse...

Dênis Araújo boa noite.
Em nome da sociedade de bem é que sugiro que seja feita uma vez por semana uma matéria da "Profissão Perigo".

Desde já, a Sociedade Madureirense agradece.

Denis Araújo disse...

Amigo a idéia é muito boa,vou tentar fazer outras matérias sobre profissão perigo em breve.

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